terça-feira, 6 de outubro de 2009

OS CÁTAROS PARTE I


Nos meados do século XII, iniciou-se na Itália um movimento religioso denominado Cátarismo (Albigenses), a doutrina dos cátaros era nitidamente diferente da Igreja Católica, numa reação à Igreja Católica e suas práticas, como a venda de indulgências, e a soberba vida dos padres e bispos da época.

Eles eram extremamente radicais e dualistas como os maniqueistas, acreditavam que a salvação vinha em seguir o exemplo da vida de Jesus, negavam que o mundo físico imperfeito pudesse ser obra de Deus, acreditavam ser o mundo criação do príncipe das trevas, rejeitavam a versão bíblica da criação do mundo e todo o antigo testamento, acreditavam na reencarnação, não aceitavam a cruz, a confissão e todos os ornamentos religiosos.

Com medo da repressão da Igreja, os Cátaros mantiveram sua fé em segredo, porém em pouco tempo esta seita atraiu muitos seguidores.

Cresceram bastante no sul da França e se estenderam a região do Flandres e da Catalunha, funcionaram abertamente com a proteção dos poderosos senhores feudais, capazes de desafiar até mesmo o Papa.

O chamado "Pays Cathare" (País Cátaro) se extendia pela zona chamada Occitania , atual Languedoc, em uma extensão fronteiriça com Toulouse até o oeste, nos Pirineus até o sul, e no Mediterráneo até o leste.

Em definitivo, uma área política que, durante o século XIII, limitava-se com a Coroa de Aragão, França e condados independentes como o de Foix e Toulouse.

O mais curioso nesta cultura é a cautela por construir seus castelos e abadias em cima de precipícios e inacessiveis colinas, as mais elevadas possíveis, razão pela qual, na atualidade, os fazem muito atrativos por suas inabarcaveis vistas sobre o horizonte e pela observação de paisagens impressionantes.

Realizavam cerimônias de iniciação, suas cerimônias eram muito simples, consistia basicamente em um sermão breve, uma benção e uma oração ao Senhor, essa simplicidade influenciou posteriormente uma gama de seguimentos protestantes. Possuíam duas classes ou graus.

Os leigos eram conhecidos como crentes, e a esses não eram exigidos seguir suas regras de abstinência reservada aos perfecti, ou bonhomes eleitos, que formavam a mais alta hierarquia do catarismo.

Para ser um perfecti tinham que tanto homem quanto mulher, passar por um período de provas nunca inferior a 2 anos, e durante esse tempo, faziam a renúncia de todos os bens terrenos, abstinham de carne e vinho, não poderiam ter contato com o sexo oposto, e nem dormirem nus.

Depois deste período o candidato recebia sua iniciação conhecida com o nome de Consolamentum que era realizada em público. Essa cerimônia parecia com o batismo e continha também uma confirmação e uma ordenação.

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